Superação e exemplo22/08/2015 |
Diário Gaúcho notícias
Ex-mendigo dedica a vida para ajudar necessitados de Porto Alegre
Depois de ter sido morador de rua e viciado em drogas, Eduardo trabalha para recuperar pessoas que estão em situações precárias. Todo tipo de doação é bem-vinda
Manoela Tomasi - Especial
— Há uns dois anos, eu era magro, cabeludo, andava de pés descalços, com a roupa rasgada, toda suja de fezes e urina, e tinha mais ou menos um centímetro de lodo no corpo. Ninguém aguentava ficar perto de mim, nem mesmo os outros mendigos.
Projeto social alimenta moradores de rua aos domingos em Porto Alegre
Assim começa o desabafo de um ex-morador de rua e ex-viciado em drogas, que viveu cerca de três anos perambulando pelas praças de Porto Alegre. José Eduardo da Silva Flores, 30 anos, precisou chegar no fundo do poço para enxergar que a situação deplorável em que vivia tinha uma saída.
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Foi pela influência de amigos que Eduardo entrou no mundo das drogas, quando tinha 17 anos. Aos 26, mesmo casado e com uma filha, ele preferiu deixar a residência em que morava para ir dormir nas calçadas, por conta da dependência química.
— Assim como a maioria dos viciados, comecei com a maconha, a grande porta de entrada. Daí, fui para a cocaína e o crack, a droga mais acessível. Foi eu mesmo quem me pus para fora de casa. Queria liberdade, consumir sem culpa — conta Eduardo que, enquanto morava nas ruas, chegou a usar 25 pedras de crack por dia.
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Sem nunca ter roubado, ele fala, com vergonha, que chegou a trocar objetos de dentro de casa por drogas.
— Quando eu optei pelo vício, perdi tudo. Tudo, tudo, tudo que eu tinha. Perdi minha família, meus amigos, minha dignidade, e passei a viver como um bicho. Eu comia restos direto do lixo, até mesmo a comida que estava misturada com lixo de banheiro — diz o jovem.
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